Hoje vivenciei várias experiências que me fizeram parar para refletir sobre a relação do capital social com a sustentabilidade e o desenvolvimento sustentável.
Quando numa sociedade pessoas acham normal o nível de desigualdade que temos no Brasil e na América Latina, o impacto na sustentabilidade é direto. É importante que tragamos essa reflexão para o nosso dia a dia, compactuar com a desigualdade social é achar que o seu salário deve ser 10, 20 ou 50 vezes maior do que o de uma pessoa que trabalha na limpeza da sua empresa ou da sua própria casa.
Primeiro, é importante esclarecer o que define o capital social de uma sociedade, de um país: o nível de confiança entre as pessoas, a capacidade de associatividade (cooperação), o nível de consciência cívica e os valores éticos. A questão da desigualdade está mais atrelada aos valores éticos. Não é ético compactuar com a desigualdade que vivemos.
Em sociedades como a Dinamarca ou a Finlândia, a diferença salarial é muito pequena. Alguns poderiam argumentar que isso é óbvio, pois são países muito ricos, no entanto um executivo na Dinamarca ganha menos que um alto executivo na França ou Alemanha. Por que ele não se muda para trabalhar num país que remunere mais? De acordo com uma pesquisa realizada pelo Bernardo Kliksberg, eles não se mudam pela coesão social, por acharem injustas as diferenças salariais em outros países mesmo que eles passem a ganhar mais.
Quando não temos nossas necessidades básicas supridas fica difícil pensar em questões como essa, mas esse não é o caso da classe média alta ou dos mais abastados de países lationo americanos. Portanto, cabe a todos nós pensarmos como podemos mudar essa realidade? O que podemos mudar no nosso dia-a-dia para gerar um impacto direto na redução da desigualdade? Para quem, ou melhor para que propósito (ou falta de propósito) vamos trabalhar? Quando escolhemos um trabalho, levamos em consideração o impacto que ele tem na sociedade? Quem devemos pagar melhor? O que devemos deixar de comprar...
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