Translate

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Ampliação do Setor de Negócios Sociais


Neste blog já comentei um pouco sobre as vantagens e desvantagens dos negócios sociais se tornarem mais um setor ou derrubar as barreiras entre os setores.

Neste fim de semana participei de uma conferência sobre negócios sociais em Oxford (www.theemergeconference.org). Na Inglaterra, o setor de negócios sociais está bastante desenvolvido e tem se tornado parte de muitas discussões no mundo dos negócios e na prestação de serviços sociais no governo.

O que está ocorrendo aqui na Inglaterra pode ser interessante para ser aplicado no Brasil em relação as políticas públicas criadas para incentivar os negócios sociais. No entanto, também é importante atentar para os problemas que estão tendo na Inglaterra ao tentar substituir o governo por empresas sociais. Para manter a viabilidade financeira, muitos modelos de negócios sociais não conseguem atuar com os ‘muito pobres’ e acaba atendendo apenas os ‘pobres’, portanto vários serviços sociais precisam continuar sendo executados pelo governo.

Os negócios sociais devem complementar o que já está sendo feito de positivo pelo governo, pelos negócios e pela sociedade civil. A intenção, ao meu ver, não deve ser substituir estes setores e sim contribuir em áreas onde esses setores são pouco eficientes ou não conseguem atuar.

Esta conferência também foi interessante para ver que o Brasil está avançando bastante na criação do campo de negócios sociais, principalmente em função da Artemisia e dos negócios sociais que junto com a Tekoha foram os pioneiros neste setor no país. Continuo vendo um grande potencial nos negócios sociais para contribuírem com a redução da pobreza, mas é importante ver que alguns modelos de negócios sociais sempre deixarão pessoas ‘de fora’ e que elas precisam ser incluídas com políticas públicas e atuação de outras organizações sociais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário