Alternativas de desenvolvimento para a África, a Ásia e a América Latina estão sempre em discussão. Na última década mais alternativas que utilizam as regras de mercado para reduzir a pobreza começaram a emergir e o maior exemplo concreto dessa tendência é o Grameen Bank. No entanto, as pessoas que divulgam e suportam essa estratégia de criar negócios sociais para reduzir pobreza, muitas vezes têm pouco conhecimento sobre desenvolvimento. As críticas a respeito da ajuda internacional, na maioria das vezes, são genéricas e pouco fundamentadas.
Projetos financiados pela ajuda internacional são diversos, assim como os negócios sociais, alguns são muito eficientes, outros apresentam péssimos resultados. Portanto, para a ideia de negócios sociais contribuir para o desenvolvimento é importante que ela complemente aqueles projetos que são eficientes e que os projetos que não apresentam resultados deixem de desperdiçar dinheiro público. Para isso é necessário que avaliações menos genéricas e mais detalhadas sejam realizadas.
Os negócios sociais têm demonstrado um grande potencial par reduzir a pobreza, mas a maioria dos exemplos de negócios sociais bem sucedidos apresentam muitas limitações para reduzir a pobreza extrema. Organizações que perceberam isso como a BRAC em Bangladesh adotaram estratégias por meio de modelos de doação para conseguir trabalhar com as pessoas em pobreza extrema, já que o modelo de negócio social deles não conseguia atender essa população.
Uma qualidade muito especial dos negócios sociais é a capacidade de olhar para o pobreza e ver oportunidades de geração de riqueza, reconhecer que todas as pessoas têm potencial se tiverem oportunidade para expressá-lo. Essa qualidade deve ser transmitida para as outras estratégias de desenvolvimento e ela talvez seja mais importante do que os modelos de negócio em si, pois ela transforma um paradigma nos modelos de desenvolvimento.
Embora eu tenha iniciado negócios sociais e acredite muito no potencial desses negócios para mudarem o mundo, tenho consciência de que nenhum caminho é O único caminho certo. Reconheço as limitações dos negócios sociais. É por isso que precisamos de várias organizações e estratégias diferentes para conseguir erradicar a pobreza e programas de transferência de renda, ONGs que apoiam a educação infantil e negócios sociais, podem e devem trabalhar juntos.
Ótimo, Henrique: compartilhando link para o artigo de seu xará, Prof. Henrique Rattner, aprofundando um pouco esse relato/ análise - http://www.cidade.usp.br/blog/desenvolvimento-teoria-pratica-historia/ (já enviado a ti pelo FB), mas agora para os demais leitores deste teu blog! Abs, Celso
ResponderExcluirBingo, Boss!!! =) de corpo e alma no que vc disse!!! beijocas
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