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quarta-feira, 22 de maio de 2013


The Hub Sao Paulo - por Ricardo Lisboa
O desenvolvimento do terceiro setor no Brasil, o surgimento do setor de negócios sociais, a modernização do setor público e o aumento do número de empresas atentas aos aspectos socioambientais de suas operações aumentou a complexidade do setor social.

Com o crescimento do setor vieram vários novos termos como empreendedor social e inovação social. Empreendedor social é o nome dessa coluna e pode ser definido como um agente de transformação da sociedade que empreende uma nova tecnologia social ou um novo empreendimento com fim social.

Inovação é comum no mundo dos negócios, mas é menos utilizada no setor social. No HUB temos trabalhado com este tema desde 2005 em Londres e a partir de 2006 no Brasil.  Inovação social é uma nova solução para um problema social, uma solução mais efetiva, eficiente, sustentável ou justa que as soluções já existentes, e que, prioritariamente, gere valor para a sociedade como um todo ao invés de beneficiar apenas alguns indivíduos. Essa é a definição de inovação social cunhada pela Stanford Social Innovation Review, a publicação mais reconhecida sobre o tema.

Inovação social na prática já ocorre há muito tempo, mas o uso do conceito é mais recente e tem se tornado cada vez mais relevante a medida que os desafios socioambientais ficam mais complexos. Podemos encontrar inovações sociais em vários setores no Brasil e no mundo em diferentes contextos: empresas, governo, organizações sociais e movimentos. Existem alguns mais conhecidos como o microcrédito e seu maior ícone, Muhammed Yunus, a metodologia de educação inovadora da Kahn Academy (utiliza vídeos e outras ferramentas online para melhorar a qualidade do aprendizado das pessoas e alcançar um público maior), o Fabio Rosa no sul do Brasil com geradores de energia renovável acessíveis, os Doutores da Alegria entre outros.

Também podemos identificar inovações sociais no nosso dia a dia. Associações de moradores identificando novas formas de se organizar, empresas que tornam serviços como crédito, educação e saúde acessíveis para mais gente a preços justos, organizações sociais criando novos serviços de apoio para reduzir a pobreza e aumentar a qualidade de vida das pessoas de baixa renda. As inovações sociais não envolvem necessariamente o uso de tecnologias avançadas, mas certamente a tecnologia tem permitido a aceleração do ritmo de mudança no setor social.

O HUB identifica e alavanca inovações sociais como essas, se você tem uma ideia e quer coloca-la em prática para solucionar um problema socioambiental, entre em contato com o HUB para ver como você pode se tornar membro e colocar sua ideia no mundo.

Todos os dias recebemos jovens de todas as idades no HUB com ideias incríveis que vão fazer a diferença no mundo. Em um mesmo dia encontramos: o grupo de jovens do Imagina na Copa que tem inspirado muitas pessoas no Brasil a mudar o olhar e começar a fazer a diferença para construirmos um país incrível até a Copa do Mundo; a empresa Djengo que desenvolveu um sistema inteligente para fomentar a cultura da carona em organizações; o Casas & Cafofos que desenvolve o layout de pequenos comércios na periferia para potencializar o desenvolvimento local; colaboradores da Natura atuando como intraempreendedores sociais. Imagine o que esse grupo cria quando se junta no HUB!

Como disse Einstein “Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”, então que tal buscarmos novas soluções para os desafios socioambientais? Não temos a resposta para todos os desafios, mas sabemos que a solução passa por colaboração e inovação e é isso que promovemos no dia a dia nos HUBs pelo mundo.

Artigo publicado na Folha de São Paulo na coluna Empreendedor Social.

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